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quinta-feira, 29 de setembro de 2016

FARC: movimento revolucionário armado de inspiração comunista.


No pós-Segunda Guerra, a construção de um mundo bipolarizado pareceu traçar um conjunto de transformações que rompia os limites dos territórios nacionais. O conflito de interesses entre o bloco capitalista e comunista nos dava uma impressão de que as instituições, práticas, econômicas e, até mesmo, concepção de mundo atravessavam a bifurcação destes caminhos distintos.
Na disputa travada por Estados Unidos e União Soviética, o mundo perdia seu aspecto diverso para se curvar à ingerência das duas grandes potências. Nesse contexto, a América seria um campo de homogênea dominação do bloco capitalista. No entanto, todo esse esforço em prol do total alinhamento político nas Américas sofreu grandes resistências. A iniciativa de grupos políticos comunistas e nacionalistas frente a presença imperialista dos Estados Unidos manifestou-se em varias nações latino-americanas.
A mobilização oposicionista chegou a tal ponto que a imposição de ditaduras foi a única estratégia viável para se conter algum tipo de manifestação divergente à doutrinação da ordem bipolar. Em alguns casos, os movimentos revolucionários e as guerrilhas foram algumas vias de mobilização pela qual as oposições políticas nacionais. O caso mais famoso de ação guerrilheira conhecido foi constituído na Colômbia no final dos anos 60.
A luta das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) iniciada da mobilização de camponeses comunistas liderados por Manuel Marulanda, o Tiro Certo, estende-se até os dias de hoje. Esse grupo inconformado com a penosa situação econômica e social da Colômbia decidiu, ao longo de 40 anos de luta, controlar o território sul do país, criando esferas de poder paralelo. No entanto, é importante lembrar que a Colômbia não abriga somente esse grupo guerrilheiro. Outros grupos de orientação diversa também se instalaram no território colombiano.
Atualmente, muitos criticam as FARC como sendo um grupo de ação terrorista e sustentado pelo tráfico de drogas. A natureza combatente das FARC e a disputa entre os outros grupos paramilitares e guerrilheiros do país impedem algum tipo de julgamento preciso sobre os “verdadeiros” objetivos e práticas do grupo. No entanto ficam em evidência os seqüestros, mortes e pressões diplomáticas associadas ao grupo.
De fato, as diferenças dos grupos armados presentes na Colômbia demonstram a fraqueza das instituições políticas dentro do país. As FARC são desdobramentos de uma história política latino-americana onde há a falta de representatividade de suas instituições incitam certas parcelas da população, independente de sua orientação marxista ou conservadora, a pegarem em aramas e garantirem seus interesses.
Nos anos 80, a guerrilha tentou as vias representativas oficias com a criação da União Patriótica. Não obtendo grandes conquistas retornaram ao uso da guerrilha para sustentarem seu projeto revolucionário. No fim dos anos 90, durante o governo do presidente Pastrana, tentou-se uma negociação pacífica capaz de dar fim ao problema causado pelas mortes e o desgaste militar entre o Estado e os grupos armados.
Em 2000, os Estados Unidos decidiram interferir na questão criando um plano de cooperação com a Colômbia. O Plano Colômbia instituiu fundo de ajuda através do qual os Estados Unidos enviaria recursos e tecnologia militar contra os guerrilheiros. Ainda assim, as FARC sobrevivem hoje às pressões que rondam o seu projeto de tomada do poder na Colômbia.
Fonte: http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/farc.htm
Por Rainer Sousa.
Enviado por: Lucas Mendes - 3° ano do Ensino Médio.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Contra a revolução, a barbárie

A Amazônia foi o cenário de um dos mais brutais episódios da ditadura militar: a Guerrilha do Araguaia.
O sonho de liberdade tinha um horizonte bem demarcado para se concretizar. Era na Amazônia – na tríplice fronteira entre Pará, Maranhão e Goiás (atualmente Tocantins) – que dezenas de jovens e militantes de esquerda, vindos dos grandes centros urbanos, esperavam ver surgir a Revolução Socialista no Brasil. Para isso, estavam dispostos a pegar em armas para lutar por ela.
Em meados dos anos 1960, o contexto não poderia ser pior para esse idealismo transformado em guerrilha. Sob a ditadura militar desde 1964 e com todos os canais democráticos de expressão fechados (imprensa censurada, manifestações e greves proibidas), a perseguição do Estado aos opositores do regime era efetivada por meio de prisões, torturas e assassinatos de militantes e operários, estudantes, camponeses e religiosos acusados de subversão, comunismo ou incitação à desordem. A Guerrilha do Araguaia (1972-1974) foi mais um capítulo desse tenebroso período.
Todos os envolvidos eram militantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) fundado em 1962 a partir de uma cisão no Partido Comunista Brasileiro (PCB) e defensor de uma revolução imediata, pela via da luta armada, se fosse necessário. A partir de 1966, o PCdoB passou a enviar para o Araguaia jovens militantes das cidades. Eles tinham que aprender a viver como os camponeses, conhecer profundamente seu modo de vida e a região, além de criar laços de amizade e solidariedade com os moradores. Era fundamental, nessa estratégia, que conseguissem envolver os camponeses na luta armada. Eles comporiam a força do exército popular de libertação que o partido pretendia organizar.
Durante cerca de seis anos, os militantes circularam livremente e puderam organizar a estrutura militar da guerrilha: criaram três destacamentos e uma Comissão Militar – órgão dirigente da luta no campo –, além de diversos pontos de apoio onde estocavam alimentos, remédios e munição. Produziam croquis identificando locais onde poderiam acampar e abriram trilhas longe dos caminhos normais de passagem. Ao todo, 69 militantes do PCdoB se deslocaram para o Araguaia. Mas os planos do Partido eram muito maiores. A ideia era organizar outros destacamentos militares, criar pontos de apoio e recrutar camponeses para a formação de um Exército.
A presença de “gente estranha” na área já era de conhecimento do governo, ao menos, desde 1971. Em princípio, cogitou-se que fossem contrabandistas, “terroristas” procurados nas cidades ou até mesmo um grupo de hippies. E foi sem saber ao certo com quem lidava que o Exército organizou sua primeira campanha contra a Guerrilha do Araguaia. No dia 12 de abril de 1972, entrando por São Domingos do Araguaia, no Pará, cerca de 20 militares atacaram o “peazão”, principal Ponto de Apoio (PA) do destacamento A da guerrilha, mas não conseguiram prender ninguém nessa primeira investida pois uma parte do material foi retirada antes do ataque. Também na segunda campanha, em setembro e outubro de 1972, as Forças Armadas não tiveram sucesso. Nem poderiam: não tinham dados precisos sobre o inimigo que estavam enfrentando, não sabiam sua localização, o número real de combatentes e não tinham certeza da identidade de muitos deles. Imaginava-se até que Carlos Marighella, morto em 1969, estivesse na área.
Os fracassos iniciais do Exército motivaram ainda mais guerrilheiros, como Maurício Grabois (1912-1973), um dos fundadores do PCdoB e comandante da guerrilha, que em seu diário comemorou o acerto da estratégia no Araguaia. Enquanto isso, entre os militares, ficava evidente a necessidade de mudanças. Até então utilizavam, por exemplo, tropas de soldados fardados, muitos deles inexperientes e recrutados na própria região.
Após um ano de tentativas frustradas de eliminar os guerrilheiros, os militares iniciaram um longo trabalho de inteligência, que visava colher o maior número possível de informações antes do próximo ataque. Para a última e decisiva campanha repressiva, houve a participação da “comunidade de informações”: militares andavam descaracterizados, deixavam a barba e o cabelo crescer e circulavam disfarçados pela área – passavam-se por técnicos agrícolas, funcionários de órgãos estatais e comerciantes. Com essa “cobertura”, misturavam-se e colhiam informações junto aos moradores locais.
Outra forma recorrente de colher informações era prendendo e torturando camponeses – muitos dos quais ainda estão “desaparecidos”. Em outubro de 1973, às vésperas dos ataques finais à guerrilha, o Exército promoveu um “arrastão” e prendeu aproximadamente 300 pessoas. Alguns foram colocados em valas de três metros nas bases militares, que foram fechadas com grades de ferro. Era o “buraco do Vietnã”, uma forma de tortura que pode ter sido usada em outras áreas rurais além do Araguaia. Consistia em um buraco com uma grade de ferro por cima, onde o preso era colocado junto com animais rasteiros – como insetos (formigas, aranhas, besouros) e animais não peçonhentos, como o calango – e ali permanecia por dias, tomando sol e chuva. Sua alimentação e suas necessidades fisiológicas eram realizadas ali.
A terceira campanha militar contra a guerrilha foi um cenário de intensa brutalidade por parte do Exército. É dessa fase a maior parte dos relatos de camponeses sobre as torturas e prisões que sofreram. A violência servia não apenas para conseguir informações junto aos camponeses, mas também para intimidá-los, para que não colaborassem de nenhuma forma com os guerrilheiros. Além dos ataques físicos e psicológicos, o Exército minou seus meios de vida. Para matar a guerrilha de fome, queimava roças e alimentos estocados nos paióis, impedia o plantio e a colheita. Muitos camponeses, sem ter como sobreviver, deixaram a região. Alguns retornaram mais tarde e descobriram que suas antigas posses haviam se tornado parte de grandes fazendas.
Alguns moradores foram recrutados como guias do Exército: iam à frente, guiando os militares pela mata. Não era possível recusar-se a realizar essa atividade sem sofrer consequências. Muitos desses guias foram presos e torturados para aceitar a função.
O ataque decisivo ocorreu no Natal de 1973. É lembrado entre os militares como o “chafurdo de Natal”. Tratou-se de uma execução, pois os guerrilheiros já não ofereciam condições de resistência, não havia mais destacamentos, comissão militar ou pontos de apoio. Os poucos guerrilheiros ainda vivos tentavam se esconder na selva, maltrapilhos, sem alimentos e doentes. Em fevereiro de 1974, os militares estimavam que houvesse restado cerca de 20 guerrilheiros nessas condições, e eles foram caçados ao longo de todo o ano.
A ordem era para que não houvesse sobreviventes. Alguns guerrilheiros foram vistos presos nas bases militares e hoje integram as listas de “desaparecidos”, outros foram degolados.
Um dos guerrilheiros, em especial, alimentou diversas lendas: Osvaldão. Primeiro a chegar à região, o mineiro de Passa-quatro destoava de todos: negro, medindo 1,98m de altura, estudara engenharia na Tchecoslováquia e fora campeão de box amador pelo Fluminense. Tratava-se de um militante do PCdoB altamente treinado, comandante do destacamento A e um dos que mais aprofundaram os laços de amizade com os moradores locais. Os camponeses diziam que Osvaldão tinha o corpo fechado. Conta-se que uma patrulha do Exército o localizara numa casa e que a metralhara de modo a garantir a morte de quem estivesse lá dentro. Ao entrarem, viram apenas uma sombra no chão, mas nenhum corpo.
Osvaldão foi assassinado ao ser surpreendido descansando num barranco. Segundo a lenda local, só foi possível matá-lo porque o guia dos militares na ocasião era um conhecido macumbeiro da região, Arlindo Piauí, que teria retirado a proteção mágica de Osvaldão. Cientes das crenças populares em torno do guerrilheiro, os militares resolveram desfazer o mito: amarraram seu corpo e sobrevoaram a cidade de Xambioá para que os moradores vissem que estava morto.
Estima-se que, nas três campanhas na região, o Exército tenha empregado cerca de 10 mil homens para reprimir a Guerrilha do Araguaia. Passados mais de 40 anos, ainda é um episódio que movimenta a sociedade na luta por esclarecimentos e pela responsabilização do Estado pelos crimes cometidos.
Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/contra-a-revolucao-a-barbarie
Por: Patricia Sposito Mechi.
Enviado por: Profº Marcelo Osório Costa.

Brasil República.

A República da Espada (1889 a 1894).
Em 15 de novembro de 1889, aconteceu a Proclamação da República, liderada pelo Marechal Deodoro da Fonseca. Nos cinco anos iniciais, o Brasil foi governado por militares. Deodoro da Fonseca tornou-se Chefe do Governo Provisório. Em 1891, renunciou e quem assumiu foi o vice-presidente Floriano Peixoto. 
O militar Floriano, em seu governo, intensificou a repressão aos que ainda davam apoio à monarquia.
A Constituição de 1891 ( Primeira Constituição Republicana).
Após o início da República havia a necessidade da elaboração de uma nova Constituição, pois a antiga ainda seguia os ideais da monarquia. A constituição de 1891, garantiu alguns avanços políticos, embora apresentasse algumas limitações, pois representava os interesses das elites agrárias do pais. A nova constituição implantou o voto universal para os cidadãos ( mulheres, analfabetos, militares de baixa patente ficavam de fora ). A constituição instituiu o presidencialismo e o voto aberto.
República das Oligarquias.
O período que vai de 1894 a 1930 foi marcado pelo governo de presidentes civis, ligados ao setor agrário. Estes políticos saiam dos seguintes partidos: Partido Republicano Paulista (PRP) e Partido Republicano Mineiro (PRM). Estes dois partidos controlavam as eleições, mantendo-se no poder de maneira alternada. Contavam com o apoio da elite agrária do país.
Dominando o poder, estes presidentes implementaram políticas que beneficiaram o setor agrário do país, principalmente, os fazendeiros de café do oeste paulista.
Surgiu neste período o tenentismo, que foi um movimento de caráter político-militar, liderado por tenentes, que faziam oposição ao governo oligárquico. Defendiam a moralidade política e mudanças no sistema eleitoral (implantação do voto secreto) e transformações no ensino público do país. A Coluna Prestes e a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana foram dois exemplos do movimento tenentista.
Política do Café-com-Leite.
A maioria dos presidentes desta época eram políticos de Minas Gerais e São Paulo. Estes dois estados eram os mais ricos da nação e, por isso, dominavam o cenário político da república. Saídos das elites mineiras e paulistas, os presidentes acabavam favorecendo sempre o setor agrícola, principalmente do café (paulista) e do leite (mineiro). A política do café-com-leite sofreu duras críticas de empresários ligados à indústria, que estava em expansão neste período.
Se por um lado a política do café-com-leite privilegiou e favoreceu o crescimento da agricultura e da pecuária na região Sudeste, por outro, acabou provocando um abandono das outras regiões do país. As regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste ganharam pouca atenção destes políticos e tiveram seus problemas sociais agravados.
Política dos Governadores.
Montada no governo do presidente paulista Campos Salles, esta política visava manter no poder as oligarquias. Em suma, era uma troca de favores políticos entre governadores e presidente. O presidente apoiava os candidatos dos partidos governistas nos estados, enquanto estes políticos davam suporte a candidatura presidencial e também durante a época do governo.
O coronelismo.
A figura do "coronel" era muito comum durante os anos iniciais da República, principalmente nas regiões do interior do Brasil. O coronel era um grande fazendeiro que utilizava seu poder econômico para garantir a eleição dos candidatos que apoiava. Era usado o voto de cabresto, em que o coronel (fazendeiro) obrigava e usava até mesmo a violência para que os eleitores de seu "curral eleitoral" votassem nos candidatos apoiados por ele. Como o voto era aberto, os eleitores eram pressionados e fiscalizados por capangas do coronel, para que votasse nos candidatos indicados. O coronel também utilizava outros "recursos" para conseguir seus objetivos políticos, tais como: compra de votos, votos fantasmas, troca de favores, fraudes eleitorais e violência.
O Convênio de Taubaté.
Essa foi uma fórmula encontrada pelo governo republicano para beneficiar os cafeicultores em momentos de crise. Quando o preço do café abaixava muito, o governo federal comprava o excedente de café e estocava. Esperava-se a alta do preço do café e então os estoques eram liberados. Esta política mantinha o preço do café, principal produto de exportação, sempre em alta e garantia os lucros dos fazendeiros de café.
A crise da República Velha e o Golpe de 1930.
Em 1930 ocorreriam eleições para presidência e, de acordo com a política do café-com-leite, era a vez de assumir um político mineiro do PRM. Porém, o Partido Republicano Paulista do presidente Washington Luís indicou um político paulista, Julio Prestes, a sucessão, rompendo com o café-com-leite. Descontente, o PRM junta-se com políticos da Paraíba e do Rio Grande do Sul (forma-se a Aliança Liberal ) para lançar a presidência o gaúcho Getúlio Vargas. 
Júlio Prestes sai vencedor nas eleições de abril de 1930, deixando descontes os políticos da Aliança Liberal, que alegam fraudes eleitorais. Liderados por Getúlio Vargas, políticos da Aliança Liberal e militares descontentes, provocam a Revolução de 1930. É o fim da República Velha e início da Era Vargas.
Galeria dos Presidentes da República Velha:  Marechal Deodoro da Fonseca (15/11/1889 a 23/11/1891), Marechal Floriano Peixoto (23/11/1891 a 15/11/1894), Prudente Moraes (15/11/1894 a 15/11/1898), Campos Salles (15/11/1898 a 15/11/1902) , Rodrigues Alves (15/11/1902 a 15/11/1906), Affonso Pena (15/11/1906 a 14/06/1909), Nilo Peçanha (14/06/1909 a 15/11/1910), Marechal Hermes da Fonseca (15/11/1910 a 15/11/1914), Wenceslau Braz (15/11/1914 a 15/11/1918), Delfim Moreira da Costa Ribeiro (15/11/1918 a 27/07/1919), Epitácio Pessoa (28/07/1919 a 15/11/1922), Artur Bernardes (15/11/1922 a 15/11/1926), Washington Luiz (15/11/1926 a 24/10/1930).
Você sabia?
- O período da História do Brasil conhecido como Nova República teve início em 1985, com o fim da Ditadura Militar e início do processo de redemocratização. Este período da História do Brasil dura até os dias atuais. 
- A palavra República tem origem no latim res publica, cujo significado é "coisa pública".
- Conflitos sociais da República:
* Guerra do Contestado.
* Guerra de Canudos.
* Revolta da Vacina.
* Revolta da Chibata.
* Cangaço.
Fonte: http://www.suapesquisa.com/republica/
Júlia Branco - 2º ano do Ensino Médio.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

O 11 de setembro que não contaram para você.

Os ataques terroristas de 11 de setembro estão entre os maior acontecimentos da história da humanidade. No vídeo de hoje, vamos mostrar o 11 de setembro que não contaram pra você.


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=3YpNDofikuM
Enviado por: Ronaldo Almeida - 3° ano do Ensino Médio.

sábado, 24 de setembro de 2016

Vídeo: Duas Chinas.

Vamos descobrir que seu celular Made in Taiwan é outro jeito de dizer que foi feito na China.


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=0YBBk67O8rQ&feature=youtu.be
Enviado por: Gabriel Nascimento Fernandes - 2º ano do Ensino Médio.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Vídeo: A história das palavras - A revolução dos alfabetos.


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=T4VFpLDucBI
Enviado por: Profº Marcelo Osório Costa.

Chegada da Família Real Portuguesa - Dom João no Brasil.


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=D2fvC74UeAY
Enviado por: Profº Marcelo Osório Costa.

Vídeo: A história do Islã.

Sheik Jihad Hassan Hammadeh, Presidente do Conselho de Ética da União Nacional das Entidades Islâmicas, fala com a jornalista Mônica Teixeira sobre a história do Islã. Clérigo formado pela Universidade Islâmica de Medina, na Arábia Saudita, Hammadeh trata, entre outros aspectos, da comunhão entre religião e política na religião islâmica.


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=BIAqQk6gp_0
Enviado por: Profº Marcelo Osório Costa.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

A Guerra do Golfo.

Em 1990 aconteceu a Guerra do Golfo Pérsico, que durou de 02/08/1990 até 27/02/1991. Essa guerra envolveu, primeiramente, dois países: Iraque e Kuwait. Depois, outras nações entraram no conflito, dentre elas, os EUA.
Tudo começou quando o presidente iraquiano Saddam Hussein acusou o Kuwait de praticar uma política de super-extração de petróleo causando uma queda nos preços e prejudicando a economia iraquiana. Saddam também ressuscitou problemas antigos e exigiu indenização. Como o Kuwait não aceitou foi invadido por tropas iraquianas.
A atitude de Saddam mobilizou o mundo e diversas nações, lideradas pelos EUA, se uniram para tentar reverter esse quadro. Os norte-americanos estavam desesperados, pois, com a guerra, o Golfo Pérsico foi fechado e eles perderam seus fornecedores de petróleo: Iraque e Kuwait. Em 28 de agosto, o Iraque faz do Kuwait sua 19ª província e isso aumentou as pressões americanas junto a ONU para que ela autorizasse o uso da força.
Saddam Hussein tenta unir a nação árabe em prol da sua causa, mas a tentativa foi em vão. Em 29 de novembro, a ONU autorizou um ataque contra o Iraque e estabeleceu um prazo até 15/01/1991 para que o exército iraquiano se retirasse do Kuwait. Como todas as tentativas de paz fracassaram, no dia 17/01/91 um gigantesco ataque aéreo foi iniciado. Em pouco tempo, o Iraque estava destruído. No dia 28 de fevereiro, o presidente americano George Bush (pai), declarou cessar fogo, mas o Iraque só o aceitou em abril.
Centenas de pessoas morreram, dentre elas civis e militares, milhares de mísseis foram usados e o mundo presenciava, pela primeira vez, uma guerra com a cobertura total da mídia. A TV transmitia, às vezes, ao vivo, bombardeios, mortes e destruições. O Kuwait perdeu quase 10 bilhões de dólares com a queda da produção de petróleo, mas voltou a ser independente. O Iraque sofreu sanções econômicas e os EUA conseguiram despertar o ódio em mais gente.
Não podemos esquecer-nos do desastre ambiental que a guerra trouxe. Quando o Iraque se preparava para se retirar do Kuwait, incendiou poços de petróleo e o óleo derramado no Golfo Pérsico destruiu a vida de centenas de animais.
Para os norte-americanos, a guerra do golfo nunca terminou, pois o objetivo maior - prender Saddam Hussein - não foi realizado. Os EUA nunca aceitaram a petulância do ditador e estavam só a espera de uma nova chance para pegá-lo. O tempo passou e em 2003, dois anos após os atentados terroristas ao World Trade Center e já no governo de George W. Bush (filho), o Iraque foi invadido pelo EUA. Desta vez, Saddam foi preso e enforcado em 31/12/2006.
http://www.infoescola.com/historia/guerra-do-golfo/
Enviado por: Laura Beatriz da Silva Oliveira - 2º ano do Ensino Médio.

Vídeo: Independência do Brasil.


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=BzADvI7MAKg
Enviado por: Raquel Torres Martins - 2º ano do Ensino Médio.

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Vídeo: Operação Papel Clip.

Como vários dos principais cientistas nazistas foram para os Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=_Q3f21Kk6kI
Enviado por: Pedro Henrique Sant'Ana - 2º ano do Ensino Médio.

domingo, 11 de setembro de 2016

A Belle Époque.

Em português significa Bela Época e mostra o período cosmopolita na Europa. A Belle Époque se iniciou no final do século XIX, mais especificamente em 1871, e foi até o início da Primeira Guerra Mundial em 1914. É possível com essa expressão denominar o espírito intelectual e artístico que ocorria na Europa. Nesse momento, houve transformações culturais as quais alteraram os modos de viver e de pensar.
Paris era um grande centro, não só cultural, mas também de diversão.Dança no Moulin Rouge (1890), de Henri de Touolouse-Lautrec, Museu de Arte de Filadélfia.

A Belle Époque foi uma época da beleza, da inovação e da paz entre os países europeus, o que implica dizer que não houve enfrentamentos bélicos, a chamada “Paz Armada”. Vamos compreender a “Paz Armada” e depois voltaremos ao tema da Belle Époque. Esse nome, “Paz Armada”, ocorreu entre 1871 a 1914, e foi crucial para preparar para a Primeira Guerra Mundial. Parte dos orçamentos europeus era direcionada à corrida armamentista o que levou a Europa se tornar um campo militar. Nos demais territórios, os progressos industriais eram utilizados para desenvolver seus componentes bélicos. O imperialismo levou a criar pontos de tensão e uma ininterrupta corrida armamentista elevando o nacionalismo e o patriotismo. Com isso, quaisquer rupturas entre os países era sinal de grandes proporções desastrosas à Europa.
A “Paz Armada” teve seu início com a unificação alemã, a qual foi feita à custa da derrota da França causando a queda da monarquia, crise no país e a retirada dos territórios: Alsácia e a Lorena. A partir disso, a Alemanha fez alianças político-militares, com outros países, para se prevenir de possível revanche francesa. A França fez o mesmo para tentar se fortalecer contra a Alemanha. A Itália e a Alemanha, após as suas unificações, desejavam construir impérios ultramarinos para se tornarem potências industriais com o intuito de concorrer com a Grã-Bretanha e a França.
A conquista de impérios se dava a partir de fatores militares, o que traria supremacia na Europa. Assim, a corrida armamentista se inicia na Europa. Os elementos bélicos, nesse sentido, serviam como instrumentos de intimidações a outros países e não seriam utilizados na prática.
Outro agravante eram as disputas dentro do próprio continente europeu, em específico a Rússia e a Áustria-Hungria. Essas duas regiões, ao adquirir ou ceder territórios, afetava o equilíbrio étnico. A Península Balcânica, onde hoje se localiza a Grécia, era um barril de pólvora porque havia etnias em meio a arranjos de religião, de línguas e de história. Diante de tensões, uma guerra entre as potências podia ocorrer a qualquer momento e, paralelo a isso, quanto mais tensão, mais incentivo à produção bélica para fortalecer os exércitos.
Com o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, o industrialismo, o militarismo, o imperialismo, o armamentismo, o racismo foram liberados, o que eclodiu a Primeira Guerra Mundial trazendo à superfície a política de alianças entre os países, desde o início da “Paz Armada”, em 1871. A revanche francesa aparecerá nesse momento, no campo de batalha.

Voltando à Belle Époque, as invenções fizeram com que a vida se tornasse mais fácil em nível social e a vida cultural estavam a todo vapor. Os cabarés, o cancan, o cinema e a arte tinham novas formatações com o Impressionismo e a Art Nouveau. Além disso, ocorreu uma cultura urbana de divertimento originada por desenvolvimentos de meios de comunicação e de transporte, aproximando todas as cidades.
Na França acontecia a Terceira República Francesa (início de 1870), paralelamente à Belle Époque, com um grande otimismo e uma impressão de viver uma paz regional. Isso tudo através de uma prosperidade econômica juntamente com as inovações culturais, científicas e tecnológicas. Foi em Paris, capital da França, que houve o florescimento artístico o que levou ao reconhecimento de muitas obras primas da literatura, música, teatro e artes visuais. A Belle Époque é designada de “Idade de Ouro” ao ser contrastada com os fatos históricos da Primeira Guerra Mundial.
O Ford T, um carro "bom e barulhento", como diziam seus contemporâneos, grande símbolo progressista da Belle Époque.

Com as inovações, como o telefone, o telégrafo sem fio, a bicicleta, o automóvel e o avião houve novas maneiras de se perceber a realidade. Paris, no entanto, era considerada o centro produtor e exportador de cultura. Assim, exportava-se para todo o mundo a cultura parisiense. Para os intelectuais brasileiros, o referencial de vida era a cultura boêmia apresentada no romance de Henri Murger, Scènes de la vie de bohème, 1848, além das leituras de Baudelaire, Rimbaud, Verlaine, Zola Anatole e Balzac. Assim, para que os brasileiros não desvinculassem das atualidades do mundo, deveriam ir pelo menos uma vez ao ano ir a Paris.
A Belle Époque também se expandiu para outros territórios, por exemplo: nos Estados Unidos, se chamou Gilded Age; na Grã-Bretanha, coincidiu com a Era Vitoriana e a Era Eduardiana; no México, foi paralelo ao que se chama de Porfiriato; no Brasil, viviam-se os fins do Império e início da República.
Na Europa, diante de várias mudanças, na arte e na cultura, foram inseridos no dia a dia dos burgueses os teatros, exposições, cinemas, etc. Apenas essa classe social tinha acesso a arte. Nos Estados Unidos, a Belle Époque é inserida através de uma industrialização, iniciada em meados de 1875 e sobrevive até os anos 1930.
A Art Nouveau, em português “Arte Nova”, típica da Belle Époque, ocorreu nos fins do século XIX em reação ao emprego abusivo na arte. Isso significa que a Art Nouveau passou a valorizar os ornamentos, as cores vivas e as curvas sinuosas se baseando nas plantas, nos animais e nas mulheres. É uma arte decorativa o que se observa em fachadas de edifícios, objetos de decoração, jóias, vitrais e azulejos. O pintor, Alfonse Mucha, é um dos mais conhecidos desse estilo artístico.
No fim do século XIX, surge a cultura do divertimento com o êxodo rural, com o desenvolvimento das comunicações e da eletricidade, paralelo ao crescimento urbano. Esse tipo de cultura era próprio dos cabarés por conta do encontro da cultura erudita com os elementos das classes baixas. A cultura do divertimento somente foi possível devido à eletricidade e a diminuição da jornada de trabalho. Com essa alteração da jornada de trabalho, os operários passaram a ter horas livres para o lazer. Dessa maneira, parques e cinemas era sinal de divertimento das massas porque o ingresso era barato e proporcionava certo desligamento da realidade cotidiana dessas classes.

Enviado por: Profº Marcelo Osório Costa.

A “caça às bruxas”: uma interpretação feminista.

A “caça às bruxas é um elementohistórico da Idade Média. Entre os séculos XV e XVI o “teocentrismo” – Deus como o centro de tudo – decai dando lugar ao “antropocentrismo“, onde o ser humano passa a ocupar o centro. Assim, a arte, a ciência e a filosofia desvincularam-se cada vez mais da teologia cristã, conduzindo, com isso a uma instabilidade e descentralizaçãodo poder da Igreja. Como uma forma de reconquistar o centro das atenções e o poder perdido, a Igreja Católica instaurou os “Tribunais da Inquisição”, efetivando-se assim a “caça às bruxas“. Mas quem eram, enfim, estas mulheres que fizeram parte de um capítulo tão horrendo da história da humanidade, e por que o feminismo retoma as bruxas como um dos seus principais símbolos?
1. A “caça às bruxas”.
A “caça às bruxas” durou mais de quatro séculos e ocorreu, principalmente, na Europa, iniciando-se, de fato,em1450 e tendo seu fim somente por volta de 1750, com a ascensão do Iluminismo. A “caça às bruxas” admitiu diferentes formas, dependendo das regiões em que ocorreu, porém, não perdeu sua característica principal: uma massiva campanha judicial realizada pela Igreja e pela classe dominante contra as mulheres da população rural (EHRENREICH & ENGLISH, 1984: 10). Essa campanha foi assuminda, tanto pela Igreja Católica, como a Protestante e até pelo próprio Estado, tendo um significado religioso, político e sexual. Estima-se que aproximadamente 9 milhões de pessoas foram acusadas, julgadas e mortas neste período, onde mais de 80% eram mulheres, incluindo crianças e moças que haviam “herdado este mal” (MENSCHIK, 1977: 132).
1.1. Quem eram as bruxas.
Ao buscarmos uma definição do termo “bruxa” em dicionários, logo pode-se perceber a direta vinculação com uma figura maléfica, feia e perigosa. Neste sentido, também os livros infanto-juvenis costumam descrever histórias onde existe uma fada boa e linda e uma bruxa má e horrível.
Ao analisarmos o contexto histórico da Idade Média, vemos que bruxas eram as parteiras, as enfermeiras e as assistentes. Conheciam e entendiam sobre o emprego de plantas medicinais para curar enfermidades e epidemias nas comunidades em que viviam e, conseqüentemente, eram portadoras de um elevado poder social. Estas mulheres eram, muitas vezes, a única possibilidade de atendimento médico para mulheres e pessoas pobres. Elas foram por um longo período médicas sem título. Aprendiam o ofício umas com as outras e passavam esse conhecimento para suas filhas, vizinhas e amigas.
Segundo afirmam EHERENREICH & ENGLISH (1984, S. 13), as bruxas não surgiram espontaneamente, mas foram fruto de uma campanha de terror realizada pela classe dominante. Poucas dessas mulheres realmente pertenciam à bruxaria, porém, criou-se uma histeria generalizada na população, de forma que muitas das mulheres acusadas passavam a acreditar que eram mesmo bruxas e que possuíam um “pacto com o demônio”.
O estereótipo das bruxas era caracterizado, principalmente, por mulheres de aparência desagradável ou com alguma deficiência física, idosas, mentalmente perturbadas, mas também por mulheres bonitas que haviam ferido o ego de poderosos ou que despertavam desejos em padres celibatários ou homens casados.
1.2. A “caça às bruxas e o “Tribunal da Inquisição”.
Com a ascensão da Igreja Católica, o patriarcado imperou, até mesmo porque Jesus era um homem. Neste contexto, tudo o que a mulher tentava realizar, por conta própria, era visto como uma imoralidade (ALAMBERT, Ano II: 7). Os costumes pagãos que adoravam deuses e deusas, passaram a ser considerados uma ameaça. Em 1233, o papa Gregório IX instituiu o Tribunal Católico Romano, conhecido como “Inquisição” ou “Tribunal do Santo Ofício”, que tinha o objetivo de terminar com a heresia e com os que não praticavam o catolicismo. Em 1320 a Igreja declarou oficialmente que a bruxaria e a antiga religião dos pagãos representavam uma ameaça ao cristianismo, iniciando-se assim, lentamente, a perseguição aos hereges.
A “caça às bruxas” coincidiu com grandes mudanças sociais em curso na Europa. A nova conjuntura gerou instabilidade e descentralização no poder da Igreja. Além disso, a Europa foi assolada neste período por muitas guerras, cruzadas, pragas e revoltas camponesas, e se buscava culpados para tudo isso. Sendo assim, não foi difícil para a Igreja encontrar motivos para a perseguição das bruxas.
Para reconquistar o centro das atenções e o poder, a Igreja Católica efetivou a conhecida “caça às bruxas”. Com o apoio do Estado, criou tribunais, os chamados “Tribunais da Inquisição” ou “Tribunais do Santo Ofício”, os quais perseguiam, julgavam e condenavam todas as pessoas que representavam algum tipo de ameaça às doutrinas cristãs. As penas variavam entre a prisão temporária até a morte na fogueira. Em 1484 foi publicado pela Igreja Católica o chamado “Malleus Maleficarum”, mais conhecido como “Martelo das Bruxas”. Este livro continha uma lista de requerimentos e indícios para se condenar uma bruxa. Em uma de suas passagens, afirmava claramente, que as mulheres deveriam ser mais visadas neste processo, pois estas seriam, “naturalmente”, mais propensas às feitiçarias (MENSCHIK, 1977: 132 e EHRENREICH & ENGLISH, 1984: 13).
1. 3. Os “crimes” praticados pelas bruxas.
No contexto da “caça às bruxas” haviam várias acusações contra as mulheres. As vítimas eram acusadas de praticar crimes sexuais contra os homens, tendo firmado um “pacto como demônio”. Também eram culpadas por se organizarem em grupos – geralmente reuniam-se para trocar conhecimentos acerca de ervas medicinais, conversar sobre problemas comuns ou notícias. Outra acusação levantada contra elas, era de que possuíam “poderes mágicos”, os quais provocavam problemas de saúde na população, problemas espirituais e catástrofes naturais (EHRENREICH & ENGLISH, 1984: 15).
Além disso, o fato dessas mulheres usarem seus conhecimentos para a cura de doenças e epidemias ocorridas em seus povoados, acabou despertando a ira da instituição médica masculina em ascensão, que viu na Inquisição um bom método de eliminar as suas concorrentes econômicas, aliando-se a ela.
1.4. Perseguição e condenação à fogueira.
Qualquer pessoa podia ser denunciada ao “Tribunal da Inquisição”. Os suspeitos, em sua grande maioria mulheres, eram presos e considerados culpados até provarem sua inocência. Geralmente, não podiam ser mortos antes de confessarem sua ligação com o demônio. Na busca de provas de culpabilidade ou a confissão do crime, eram utilizados procedimentos de tortura como: raspar os pêlos de todo o corpo em busca de marcas do diabo, que podiam ser verrugas ou sardas; perfuração da língua; imersão em água quente; tortura em rodas; perfuração do corpo da vítima com agulhas, na busca de uma parte indolor do corpo, parte esta que teria sido “tocada pelo diabo”; surras violentas; estupros com objetos cortantes; decapitação dos seios. A intenção era torturar as vítimas até que assinassem confissões preparadas pelos inquisitores. Geralmente, quem sustentava sua inocência, acabava sendo queimada viva. Já as que confessavam, tinham uma morte mais misericordiosa: eram estranguladas antes de serem queimadas. Em alguns países, como Alemanha e França, eram usadas madeiras verdes nas fogueiras para prorrogar o sofrimento das vítimas. E, na Itália e Espanha, as bruxas eram sempre queimadas vivas. Os postos de caçadores de bruxas e informantes eram financeiramente muito rentáveis. Estes, eram pagos pelo Tribunal por condenação ocorrida e os bens dos condenados eram todos confiscados.
O fim da “caça às bruxas” ocorreu somente no século XVIII, sendo que a última fogueira foi acesa em 1782, na Suíça. Porém, a Lei da Igreja Católica que fundou os “Tribunais da Inquisição”, permaneceu em vigor até meados do século XX. A “caça às bruxas” foi, sem dúvida, um processo bem organizado, financiado e realizado conjuntamente pela Igreja e o Estado.
2. O feminismo e o resgate da imagem das bruxas.
Diante de tantas mortes de mulheres acusadas por bruxaria durante este período, podemos afirmar que o ocorrido se tratou de um verdadeiro genocídio contra o sexo feminino, com a finalidade de manter o poder da Igreja e punir as mulheres que ousavam manifestar seus conhecimentos médicos, políticos ou religiosos. Existem registros de que, em algumas regiões da Europa a bruxaria era compreendida como uma revolta de camponeses conduzida pelas mulheres (EHRENREICH & ENGLISH, 1984: 12). Nesse contexto político, pode-se citar a camponesa Joana D`arc, que aos 17 anos, em 1429, comandou o exército francês, lutando contra a ocupação inglesa. Esta acabou sendo julgada como feiticeira e herege pela Inquisição e queimada na fogueira antes de completar 20 anos. Diante disso, configurava-se a clara intenção da classe dominante em conter um avanço da atuação destas mulheres e em acabar com seu poder na sociedade, a tal ponto que se utilizava meios de simplesmente exterminá-las.
O feminismo busca resgatar a verdadeira imagem das bruxas em nossa história, analisando não somente os aspectos religiosos, mas também políticos e sociais que envolveram a “caça às bruxas” na Idade Média. No olhar feminista, as bruxas, através de seus conhecimentos medicinais e sua atuação em suas comunidades, exerciam um contra-poder, afrontando o patriarcado e, principalmente, o poder da Igreja. Em verdade, elas nada mais foram do que vítimas do patriarcado (ALAMBERT, Ano II, n° 48: 7). Atualmente, as mulheres ainda continuam sendo discriminadas e duramente criticadas por lutarem pela igualdade de gênero e a divisão do poder social e econômico, que ainda é predominantemente masculino, continuando vítimas do patriarcado. Por isto, as bruxas representam para o movimento feminista não somente resistência, força, coragem, mas também a rebeldia na busca de novos horizontes emancipadores.
Bibliografia:
ALAMBERT, Zuleika. Por uma nova imagem. Educação & Cultura – Diário Comercial, Ano II, n° 48.
EHRENREICH, Barbara & ENGLISH, Deirdre. Hexen, Hebammen und Krankenschwestern. 11. Auflage. München: Frauenoffensive, 1984.
MENSCHIK, Jutta. Feminismus, Geschichte, Theorie und Praxis. Köln: Verlag Pahl-Rugenstein, 1977.
Fonte: http://www.espacoacademico.com.br/053/53angelin.htm
Enviado por: Aline Oliveira – 2º ano do Ensino Médio.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Vídeo:Síria em fuga.

Ao longo de quase cinco anos de guerra civil, um terço da população síria teve que abandonar as casas para fugir da violência que já provocou cerca de 200 mil mortes. Gabriel Chaim ouviu o pai do menino Alan, que morreu afogado na tentativa de chegar à Europa, e documentou a destruição em Alepo, a segunda maior cidade da Síria.




Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=mWlXVdGGiOU
Enviado por: Profº Marcelo Osório Costa.

Maomé.


Maomé, cujo nome completo era Abu al-Qasim Muhammad ibn 'Abd Allah ibn 'Abd al-Muttalib ibn Hashim, foi fundador da religião e civilização islâmica. Nascido em 571 d.C., na cidade de Meca, localizada na Península Arábica, Maomé pertencia à tribo dos coraixitas, especificamente ao clã dos hachemitas, também conhecido pelo nome Banu Hashim, como explica o orientalista David Samuel Margoliouth, em sua obra Maomé e a ascensão do Islã:
Maomé era o filho de pais nascidos em Meca. Consta que seus nomes eram Abdallah (Servo de Alá) e Aminah (A Segura, ou A Protegida). A mãe pertencia aos Banu Zuhrah, e o pai era filho de Abd al-Muttalib, do clã chamado Banu Hashim. É certo que o pai do futuro Profeta morreu antes de o filho nascer, segundo dizem, quando visitava Yathrib, mais tarde conhecida como Medina. A mãe não sobreviveu por muito tempo ao marido, e seu túmulo, como afirmam alguns, encontra-se em Abwa, um lugar a meio caminho entre Meca e Medina, onde, cerca de cinquenta anos depois, seus ossos corriam o risco de ser exumados.
Como ficou órfão muito cedo, Maomé passou a ser criado por seu tio Abu Talib (também do clã Banu Hashim), de quem recebeu educação formal e aprendeu o ofício de comerciar especiarias nas caravanas de camelos transaarianas. Foi como chefe de caravana que, em 595, Maomé conheceu uma rica viúva, também hachemita, chamada Khadijha, passando a trabalhar para ela. Após demonstrar grande destreza na administração dos negócios de Khadijha, Maomé e a viúva, em comum acordo, casaram-se. Esse casamento transformou substancialmente a vida do então comerciante, que não tinha grande fortuna até o momento.
Allah e os hanifs.
O fato é que, ao mesmo tempo em que começava a nova vida com Khadijha, Maomé também passou a viver as primeiras manifestações religiosas que definiriam a religião muçulmana. É importante ressaltar que, antes mesmo de o islamismo firmar-se como religião, em Meca e em outras regiões da Arábia, havia uma confluência de credos, tanto pagãos, politeístas, quanto judaicos e cristãos. Além do monoteísmo judaico e cristão, havia também um terceiro grupo, o dos hanifs, nascido em meio à miscelânea pagã dos grupos tipicamente árabes.
Como bem destaca o historiador Daniel-Rops, em sua obra A Igreja dos Tempos Bárbaros:
“Na época de Maomé, vinham surgindo tendências novas no interior desse politeísmo tradicional: a influência das colônias judaicas e dos cristãos heréticos do mundo arameu, ao norte, e da Etiópia, ao sul, chamava os melhores espíritos para uma religião mais elevada. As divindades particulares continuavam a ser honradas, mas uma delas começava a predominar sobre as outras: Alá, reconhecido como ‘maior’ – Allah akbar. Além disso, encontravam-se já alguns monoteístas – nem judeus nem cristãos – chamados hanifs.”
Os pais de Maomé e muitos membros do clã hachemita adoravam Allah, mas foi Maomé que, nos primeiros anos do século VII, começou a sistematizar a crença propriamente islâmica. A tradição muçulmana relata que Maomé começou a ter progressivas revelações dadas por Deus (Alá) por meio do Anjo Gabriel. Essas revelações teriam dado a Maomé a autoridade de ser o Profeta de Alá, isto é, aquele que teria a missão de corrigir as distorções que judeus e cristãos teriam feito das revelações passadas, e a responsabilidade de retirar as tribos árabes politeístas da “era da ignorância” e convertê-las ao Islã.
Fuga para Yatreb e confrontos militares com Meca.
Maomé começou por converter aqueles que lhe eram mais próximos, como sua esposa, sogro, primos etc. Entretanto, sua radicalização monoteísta começou a ter efeitos sobre a dinâmica social e econômica da tribo coraixita. Outros clãs de Meca passaram a confrontar e perseguir Maomé e seu grupo de convertidos. Com a morte de seu tio e, depois, de sua primeira esposa, Khadijah, que faleceu em 619, Maomé decidiu aceitar o apoio e hospitalidade de famílias residentes na então cidade de Yatreb, para onde migrou em 622. Essa migração, ou fuga, ficou conhecida como Hégira.
Em Yatreb, Maomé conseguiu mais adeptos ao islamismo, de modo que a cidade tornou-se o seu reduto principal e também o seu quartel-general, a ponto de a cidade ter seu nome mudado para Medina (“a Cidade”, ou “Cidade do Profeta”). De Medina, Maomé passou a travar sucessivas batalhas contra Meca. A pregação religiosa passou a se entrelaçar com a guerra e a perspectiva de conquista. Duas das principais batalhas travadas por esse primeiro grupo de muçulmanos foram nas cidades de Badr, em 624, e de Ohod, em 625. Eles venceram a primeira e perderam a segunda. O principal inimigo mequense de Maomé nessa época era Abu Sufayan.
Sufayan, em 627, tentou sitiar Medina, mas os guerreiros muçulmanos conseguiram repelir uma tropa de cerca de 10.000 mequenses. No ano seguinte, houve uma breve trégua com a permissão dada a Maomé, pelos mequenses, de poder peregrinar à sua cidade natal. Em 629, Maomé reuniu seus combatentes e cercou Meca. As batalhas pelo domínio da cidade demoraram até janeiro de 630, quando a resistência de Meca foi subjugada.
O domínio de Meca foi o primeiro passo da grande e rápida expansão islâmica que se veria nos anos seguintes. Maomé morreu dois anos após subjugar sua cidade natal. Sua morte provocou disputas sucessórias que definiriam, mais tarde, os grupos sunita xiita, característicos do desenvolvimento do islamismo.
Fonte: http://historiadomundo.uol.com.br/idade-media/maome.htm
Enviado por: Gabriel Silva – 1º ano do Ensino Médio.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Influência árabe no mundo e artes ocidentais.

A Influência dos árabes islâmicos na civilização ocidental foi fundamental e transformadora. O islamismo deixou como legado para nossa civilização importantes avanços e descobertas em diversas áreas e algumas delas são a numeração, o invento do papel, a Matemática, a Física e Química, a Medicina, Astronomia e Alquimia.
A herança helênica considerada ter sido transmitida diretamente aos europeus, historicamente é relatada como transmitida pelos mediadores muçulmanos, ou seja, a Europa, naquele momento (sec VIII), não dispunha de nenhum outro meio para chegar aos conhecimentos da filosofia grega. As traduções latinas de Platão e Aristóteles, que eram utilizadas então, não foram feitas diretamente sobre os originais gregos, mas certamente sobre traduções árabes anteriores, as quais estavam ligados os comentários dos filósofos muçulmanos contemporâneos, tais como Averróes, Avicena, dentre outros.  Não fossem os sábios do islam e seus filósofos, a Europa permaneceria na ignorância e escuridão por muito mais tempo. Graças ao avançado Califado de Córdoba e sua refinada cultura da época, todas as grandes obras da cultura grego, romana, hindu e oriental foram traduzidas para o latim na famosa escola de Tradutores de Toledo.
Aqui poderíamos seguir citando muito parágrafos sobre as diversas descobertas relacionadas as ciências naturais, ciências matemáticas, astronomia, descobertas nas operações cirúrgicas, influências da língua árabe em diversas palavras ocidentais, influência das poesias e literatura de escritores e poetas muçulmanos em grandes obras ocidentais, arquitetura e muitos outros aspectos, mas queremos saber mais sobre como as danças, músicas e ritmos orientais tiveram sua extensão direta no Ocidente.
Seguindo portanto relatos históricos, podemos então concluir que a influência árabe em alguns aspectos de nossa cultura deve-se ao fato conhecido por todos nós, e que se trata do domínio árabe durante oito séculos na Península Ibérica. Este legado influenciou e marcou definitivamente a língua, literatura, artes, arquitetura, culinária e muitas outras facetas  da cultura portuguesa.
Por outro lado temos a chegada de escravos negros islâmicos, aos princípios do sec. XVIII, e pesquisas do Sr.João Baptista de Medeiros Vargens, professor de árabe do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), relata esta chegada e o deslocamento destes principalmente para o Nordeste, em especial para a Bahia (onde mais adiante, em 1835, seriam responsáveis pelo episódio conhecido como Levante dos Malês).
Eram negros cultos, alfabetizados, sabiam ler o alcorão em árabe e viviam agrupados na capital, Salvador, e no Recôncavo. Uma parte deles, muito provavelmente após perseguições desencadeadas pela revolta, migrou para o Rio de Janeiro.
Hoje, além da conexão entre os instrumentos percussivos, incontestavelmente e unânime na opinião de músicos e bailarinas que se aprofundam no assunto, sabemos da similaridade de certos ritmos amplamente usados nas músicas árabes, como os ritmos de dois tempos, nomeados Malfuf, Ayub, Karatchi e Saudi encontrados no nordeste como Côco, Ijexá e Baião.
Fonte: http://www.icarabe.org/noticias/influencia-arabe-no-mundo-e-artes-ocidentais
Enviado por: Alicie Roza – 1º ano do Ensino Médio.