O negro deu seu ritmo à música
brasileira. Também lhe deu nomes, como chorinho ou samba. Por isso se diz que a
música popular brasileira nasceu na África.
A raiz negra está em tudo: no
samba, no pagode, no afoxé, nas festas folclóricas como a do maracatu. Além dos
ritmos, os africanos trouxeram também instrumentos, como o berimbau, a cuíca e
outros instrumentos de percussão, como o atabaque o berimbau.
O samba era chamado pelos
angolanos de “semba”. Esse gênero musical foi se transformando, ganhou novos
instrumentos, chegou ao Rio de Janeiro e atualmente é característico de todas
as regiões brasileiras.
Mistura de dança, luta e
música, a capoeira também surgiu com os negros, que a utilizavam como arma de
defesa. Durante a escravidão, reuniam-se em roda depois do trabalho para
cantar, dançar, jogar capoeira ou reverenciar com música os seus orixás. Batiam
palmas, batucavam, reviviam suas tradições. E assim a música negra se afirmava
em meio a tanto sofrimento.
Os escravos misturavam
instrumentos musicais, dança e luta, enganando seus Senhores de Engenho, que
pensavam estarem eles apenas "dançando".
A capoeira sofreu repressão
por grande parte das autoridades policiais e também os senhores de engenho
perseguiam os escravos praticantes de capoeira, porque a atividade dava ao
capoeirista um sentido de nacionalidade, individualidade e autoconfiança,
formando grupos coesos e jogadores ágeis e perigosos e também porque, às vezes,
no jogo, os escravos se machucavam, o que era economicamente indesejável.
O capoeirista era considerado
um marginal, um delinquente. O Decreto-lei 487 acabou temporariamente com a
capoeira, mas os negros resistiram até a sua legalização.
Mas, as coisas mudaram em fins
da década de 30 do século passado. Um capoeirista chamado Manuel dos Reis
Machado, Mestre Bimba foi
convidado por Juracy Montenegro
Magalhães, a ir ao Palácio do Governo baiano. E agora? Mestre Bimba
ficou assustado, achou que seria preso!
Para sua surpresa, o
governador queria que se apresentasse com seus alunos para mostrar "a
nossa herança cultural" para amigos e autoridades no Palácio do Governo.
Em 9 de julho de 1937, Mestre
Bimba conseguiu o registro de sua Academia, a primeira reconhecida no país.
Nesse ano, inicia-se a ascensão sociocultural da capoeira, que volta ao cenário
cultural, estando presente na música, nas artes plásticas, na literatura, nos
palcos.
Em 15 de julho de 2008 a
capoeira foi reconhecida como Patrimônio Cultural Brasileiro e registrada como
Bem Cultural de Natureza Imaterial.
E no período da escravidão?
Será que havia artistas afro-brasileiros? Sim, e alguns até ficaram famosos,
mas a maioria só foi descoberta muito depois de sua morte!
Um pouco depois do período
escravocrata, conhecemos alguns músicos negros, pioneiros da chamada música
popular brasileira, como José Antônio da Silva Callado e Pixinguinha.
Muito depois, na década de 30,
os artistas afro-brasileiros ganharam o seu espaço, sobretudo com o boom do
rádio! E aí... Milhões de pessoas ouviam os artistas negros.
Foi um tempo em que
intelectuais e artistas começaram a reivindicar uma nova percepção de Brasil,
como o país da miscigenação e da democracia racial.
Foi Carmem Miranda, uma mulher branca, a
eleita "Rainha do Samba". Não por acaso. Sabe-se que a artista
divulgava a música de artistas negros, quando eles não conseguiam trabalho.
Sabe-se ainda, por sua
insistência e influência muitos artistas negros saíram do anonimato para subir
aos palcos, incluindo nesse grupo grandes nomes como Dorival Caymmi e Sinval Silva,
motorista de Carmem e autor do clássico "Adeus Batucada".
Mesmo assim, até o final da
década de 50, foram poucos os artistas negros que conseguiram ter contratos
assinados com gravadoras.
Nos anos 60, muitas
composições sobre personagens negros eram racistas e ninguém reclamava. Apesar
da ingenuidade de canções como "O teu cabelo não nega mulata (…) Mas como
a cor não pega, mulata/ Mulata eu quero teu amor", está na cara o sinal de
preconceito. "Mas como a cor não pega" fala da negritude como se fala
de uma doença.
Gilberto
Gil e Caetano
Veloso, através de suas composições, colaboraram para que a força
política do negro fosse mais reconhecida!
Depois deles, vários artistas
negros despontaram no hip-hop, rap ou samba com a deliberada intenção
de despertar o orgulho negro entre os jovens.
Fonte: http://projetoculturaafro. blogspot.com.br/2009/10/ contribuicao-na-musica-e-na- danca.html?m=1
A música e a dança não é apenas algo para aproveitarmos um momento. Muito mais que isso, são características de um povo, de um grupo, que fazem parte da cultura até mesmo de um país.
ResponderExcluirOs negros que antigamente não tinham oportunidades , através da música e dança conseguiam se expressar. Eles influenciaram muito na nossa Cultura e o que nos foi ensinado foi de grande valor cultural. Cada vez mais o negro está conquistando seu espaço principalmente através da arte.
ResponderExcluir"Primeiro, devemos educar a alma através da música e a seguir o corpo através da ginástica” disse Platão.
ResponderExcluirA música sempre esteve presente na cultura da humanidade. As poesias trovadorescas, acompanhadas por sons, e os poemas simbolistas, que visam à musicalidade nas suas criações, são exemplos do uso artístico da música, no qual o objetivo é proporcionar prazer aos ouvidos e evocar sentimentos.
A música tem um papel de destaque dentro da maior parte das tribos indígenas brasileiras, através dela preservam uma importante parte de suas memórias e tradições. Utilizam-na ainda como símbolo ritual de fatos marcantes de suas vidas. Existem músicas para os atos biológicos (procriação, nascimento, puberdade, casamento e morte), para afastar ameaças (doenças, epidemias, flagelos etc) e para festejar fatos heróicos (caçadas bem sucedidas; vitória na guerra; triunfo no amor...).
ResponderExcluira música e a dança é muito importante para cultura,foi através delas que povos antigos se sentiam livres para se expressar
ResponderExcluirNão só a música e a dança, os negros tem grande influência para a linguagem, a culinária, a religião, no folclore, na literatura, na economia e na política.
ResponderExcluirPodemos dizer com certeza que o Brasil é um misto de muitas culturas e devemos preservar e compreender o nosso histórico cultural. As músicas de influencias africanas são as mais ouvidas em algumas regiões do Brasil pois faz parte da nossa cultura
ResponderExcluirOs traços negros podem ser identificados em diversos elementos de nossa cultura, na culinária, religião, dança, música, entre outros.
ResponderExcluirOs negros não deixaram apenas uma música uma culinária uma religião eles marcaram nosso país, fizeram com que que as leis fossem cumprida colocando fim na escravidão e dando uma nova "cara" ao Brasil marcando fortemente pela cultura dos negros.
ResponderExcluirOs negros tiveram um papel de grande importância para a construção da nossa cultura e podemos ver bem claramente a sua participação nas músicas e danças brasileiras.
ResponderExcluirVarios quesitos da cultura africana estarao sempre em nossa historia porque essa cultura faz parte de nos e um desses quesitos e a musica e dança deles ambas muito expressivas e cheias de historia.
ResponderExcluirVarios quesitos da cultura africana estarao sempre em nossa historia porque essa cultura faz parte de nos e um desses quesitos e a musica e dança deles ambas muito expressivas e cheias de historia.
ResponderExcluirA música e a dança é uma forma com que muitas pessoas talentosas de um passado de pobreza e miséria usam hoje para chegar a fama e dar um futuro melhor que o seu para seus filhos, além de ser uma forma livre de se expressarem.
ResponderExcluirA cultura brasileira tem fortes traços da cultura africana, e apesar disso, o Brasil ainda é um país muito preconceituoso, mas que deveria respeitar suas raízes que são vindas propriamente de um povo que é tão discriminado aqui.
ResponderExcluir