Pesquisar

domingo, 27 de novembro de 2016

Morte de Fidel - Repercussão pelo mundo.

Apesar de ter saído dos holofotes, Fidel se encontrou com o papa Francisco em setembro do ano passado. Em sinal de estima, o pontífice assinou telegrama de pêsames.

Em uma de suas últimas aparições, com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro: Até a vitória, sempre!

Líderes mundiais prestaram as mais diversas homenagens ao líder cubano. Mas o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, aproveitou para alfinetar. Em nota oficial, ele destacou: “Hoje (ontem) o mundo é testemunha do falecimento de um ditador brutal que oprimiu seu próprio povo por quase seis décadas”. No mesmo comunicado, ele sugeriu que poderá reverter a recente aproximação entre Washington e Havana. “Embora as tragédias, as mortes e a dor provocadas por Fidel Castro não possam ser apagadas, nossa administração fará todo o possível para assegurar que os cubanos possam finalmente começar seu caminho rumo à prosperidade e à liberdade que tanto merece”, declarou Trump. Fiel à retórica usada em sua campanha eleitoral, Trump destacou que “o legado de Fidel Castro é o dos pelotões de fuzilamento, roubo, sofrimento inimaginável, pobreza e a negação aos direitos humanos fundamentais”.
Pouco antes, o presidente Barack Obama havia manifestado suas condolências aos cubanos pela morte de Fidel Castro e aproveitou a oportunidade para lhes estender “uma mão de amizade”. “Durante minha presidência, trabalhamos duro para pôr o passado para trás”, disse o presidente. “A história registrará e julgará o enorme impacto de sua personalidade singular no povo e no mundo em volta dele”, destacou.
Já o vice-presidente eleito, Mike Pence, usou a rede social Twitter para declarar que “o tirano Castro morreu. Nasce uma nova esperança”. “Estaremos firmes junto com o oprimido povo cubano por uma Cuba livre e democrática”, insistiu. Em nota oficial, a vice-presidente do Comitê Nacional do Partido Republicano, Sharon Day, declarou que, “embora ainda haja muito trabalho a fazer (...) oramos para que este momento seja o início de um novo dia para a Ilha”. O senador ultraconservador Marco Rubio (filho de imigrantes cubanos) manifestou, em um comunicado que o falecimento de Fidel “não significa o início da liberdade para os cubanos, ou da justiça para ativistas”. “O ditador morreu, mas a ditadura, não”, advertiu.
No Brasil, também foram muitas as manifestações. O presidente Michel Temer afirmou que “Fidel Castro foi um líder de convicções. Marcou a segunda metade do século 20 com a defesa firme das ideias em que acreditava”. Por sua vez, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “seu espírito combativo e solidário animou sonhos de liberdade, soberania e igualdade. Nos piores momentos, quando ditaduras dominavam as principais nações de nossa região, a bravura de Fidel Castro e o exemplo da revolução cubana inspiravam os que resistiam à tirania”. “Sinto sua morte como a perda de um irmão mais velho, de um companheiro insubstituível, do qual jamais me esquecerei”, reforçou. E a ex-presidente Dilma Rousseff também se expressou: “A morte do comandante Fidel Castro, líder da revolução cubana e uma das mais influentes expressões políticas do século 20, é motivo de luto e dor. Fidel foi um dos mais importantes políticos contemporâneos e um visionário que acreditou na construção de uma sociedade fraterna e justa (...) Hasta siempre, Fidel!”
AMÉRICAS O presidente Venezuelano Nicolás Maduro lembrou a saída de Fidel do México na embarcação Granma com seu irmão Raúl e vários outros apoiadores a caminho do que seria o início da Revolução Cubana. “Sessenta anos depois do Granma deixar o México, Fidel navega em direção à imortalidade de todos aqueles que lutam ao longo de toda a vida”, disse Maduro pelo Twitter. “Até a vitória, sempre!”, escreveu. O presidente boliviano Evo Morales disse, também no Twitter, que Fidel Castro foi “o líder que nos ensinou a lutar pela soberania do Estado e a dignidade das pessoas no mundo”. O presidente mexicano Enrique Peña Nieto tuitou que “Fidel Castro foi um amigo do México, promovendo relações bilaterais baseadas em respeito, diálogo e em solidariedade”.
O líder cubano Fidel Castro “fez contribuições históricas imortais para o desenvolvimento do socialismo pelo mundo”, na avaliação do presidente da China, Xi Jinping. Em nota sobre a morte do dirigente, ele considerou que o povo chinês perdeu “um camarada próximo e um amigo sincero”. No maior país comunista do mundo, a morte de Fidel Castro é um lembrete de como os rumos mudaram desde que o revolucionário barbado em Cuba passou a ocupar papel relevante na política mundial ao lado de líderes como Mao Zedong. Embora a morte de Fidel Castro aos 90 anos não seja vista como uma mudança para as relações entre Cuba e China, a notícia foi recebida com um senso de pesar e nostalgia na China.
No Vietnã, que como Cuba permanece um país comunista com um único partido, mas cujos líderes há tempos abraçaram o capitalismo, a agência de notícias estatal descreveu Fidel Castro como um amigo. “O povo vietnamita vai sempre manter a amizade e solidariedade entre as duas nações”, afirmou.
O papa Francisco também se manifestou. Ele enviou um telegrama ao presidente de Cuba, Raúl Castro, lamentando a morte de seu irmão mais velho e líder cubano, Fidel Castro. “Meu sentimento de tristeza para sua excelência e sua família”, escreveu. Em um sinal de estima pessoal, Francisco assinou o telegrama, quebrando o protocolo do Vaticano de que o Secretário de Estado é quem tradicionalmente envia este tipo de mensagem. Francisco e Castro se encontraram durante uma visita papal a Cuba em setembro de 2015.
Fonte: Jornal Estado de Minas, 27/11/16.

Enviado por: Profº Marcelo Osório Costa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários