Pesquisar

sábado, 9 de julho de 2016

7 perguntas que você provavelmente se faz sobre o ramadã, mês sagrado para os muçulmanos.

Começa hoje ao redor do mundo o mês sagrado do ramadã, durante o qual muçulmanos jejuam entre o nascer e o pôr do Sol. É um período importantíssimo em países islâmicos não apenas como ritual religioso, mas também como tradição cultural. Há uma série de costumes típicos desse período, e também pratos específicos para o desjejum.
Mas o que significa tudo isso, e por que afinal muçulmanos – mais de 20% da população mundial– deixam de alimentar-se durante este mês? O, Mundialíssimo blog, responde abaixo a sete perguntas sobre o ramadã, para quem nunca entendeu do que se trata essa tradição.
O que muçulmanos celebram durante o mês do ramadã?
O mês do ramadã marca o período durante o qual o Alcorão, o livro sagrado do islã, foi revelado ao profeta Maomé no século VII. O Alcorão tem um papel central na religião muçulmana, e seu surgimento é um marco da história dos povos árabes. O período anterior ao islã é conhecido, em árabe, como “ignorância”.
O que acontece durante esse período?
O jejum durante o ramadã é um dos cinco pilares do islã, e exigido de muçulmanos praticantes. O mês é marcado também pela abstenção do sexo durante o dia e pelas boas ações. Há pessoas que não seguem a tradição, a depender da família e do indivíduo, mas em países conservadores é de bom tom não comer ou beber nada em público. Diversos estabelecimentos fecham, ou modificam seus horários de atendimento, alterando toda a rotina da comunidade.
Todo o mundo mesmo precisa jejuar?
Não. Há uma série de isenções, como aos idosos, aos enfermos, às crianças e às mulheres grávidas ou em período de menstruação. O jejum tem efeitos na saúde, e pode ser perigoso de acordo com a pessoa. Períodos mais curtos de sono também preocupam a comunidade médica durante esse mês.
Deve ser uma loucura na hora de quebrar o jejum, quando anoitece…
As refeições pós-ramadã, chamadas “iftar”, são conhecidas pela fartura. A maneira tradicional de começar o desjejum é beber água e comer tâmaras. Há também uma bebida típica chamada Qamar al-Din, preparada a partir de uma pasta de damasco. Há rezas específicas, e leituras de trechos do Alcorão. Mesquitas organizam banquetes públicos, durante o mês. A refeição pela manhã antes do jejum, chamada “suhur”, é também tradicional.
Mas por que tudo isso?
A ideia é lembrar os fiéis das agruras daqueles que sofrem durante o restante do ano. O islã tem um forte componente comunitário. Também se espera que o muçulmano se aproxime da religião, durante o mês do ramadã. Como efeito colateral do longo tempo passado em casa, o número de espectadores de televisão atinge recordes , e as telenovelas de ramadã são um fenômeno cultural em países como o Egito e a Turquia.
Quando exatamente é o ramadã?
Depende. O calendário islâmico é lunar, e não solar. Isso significa que os meses variam em relação ao calendário gregoriano que usamos, por exemplo, no Brasil. O ramadã só começa quando a lua nova é vista nos céus, e dura entre 29 e 30 dias, de acordo com a rede de TV árabe Al Jazeera . A cada ano, o mês se inicia cerca de 11 dias mais cedo.
A variação da data é importante?
Sim. Imagine que, durante este mês, os muçulmanos que respeitem a tradição do ramadã não poderão comer ou beber nada entre o nascer e o pôr do Sol. É um cenário bastante difícil quando o ramadã coincide com o verão. O Cairo tem registrado temperaturas acima dos 40º C, e os dias são mais longos nesta época do ano. Segundo o jornal britânico “Guardian”, este ramadã será especialmente complicado no hemisfério norte. Na Espanha, por exemplo, o jejum vai durar cerca de 17 horas.
Folha de São Paulo, 6/6/16.
Enviado por: Profº Marcelo Osório Costa, 9/7/16.

6 comentários:

  1. E interessante a cultura Islâmica,pois mostra que em relação a religiao eles possui o mês do Ramadã, que para eles é sagrado mas isenta crianças, mulheres gravidas...pois ficam em jejum e no caso destas pessoas pode afetar a saúde . Cada lugar tem seu costume e tradiçao, portanto devemos respeitar , pois também temos nossos costumes costumes tradições.

    ResponderExcluir
  2. Essa reportagem é muito importante,me ajudou a conhecer um pouco da outras regiões, responde perguntas importantes e nos faz perceber o quanto a religião influencia na cultura

    ResponderExcluir
  3. É de extrema importância conhecermos sobre outras culturas; o preconceito que é alimentado pela sociedade por culturas diferentes deve ser substituído pelo respeito, pois a diversidade é um dos elementos mais admiráveis dos seres humanos.

    ResponderExcluir
  4. Excelente reportagem! Tira todas as dúvidas e explica claramente sobre o Ramadã! A religião Islã realmente se difere muito das demais tipicas do nosso país, e a cultura muçulmana possui inúmeras entrelinhas interessantíssimas de serem estudadas.

    ResponderExcluir
  5. Já que o Islã é a religião da paz as lideranças muçulmanas poderiam aproveitar o Ramadã e nas pregações condenar as violências que alguns fazem se dizendo passar por islâmicos, do tipo: explodir bombas matando civis inocentes, violentar pessoas que eram muçulmanas e abraçaram outras crenças, etc. Por um mundo de mais amor e compreensão entre todos.

    ResponderExcluir
  6. É importante tomar conhecimento das diferentes culturas, que inevitavelmente se tornam mais influentes tanto no mundo Ocidental quanto Oriental.

    ResponderExcluir

Comentários