O avanço do Brasil não pode ficar atrelado a
crises políticas cujas repercussões se tornam, de forma artificial, bem mais
amplas do que os próprios fatos. A cada dia, um novo acontecimento inibe as
tentativas do governo federal de colocar em prática as medidas necessárias para
a retomada do crescimento e a consequente queda das taxas de desemprego, mal
maior enfrentado pelas camadas mais sofridas da população.
O momento é de implantação das reformas
necessárias para o país sair do atoleiro em que se encontra, responsabilidade
dos governos populistas dos últimos anos. Fundamental é a aprovação da Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 55 - controle dos gastos públicos-, já aprovada
na Câmara dos Deputados e em 1º turno no Senado, e a remessa da reforma
previdenciária, ainda este ano, para apreciação e votação no Congresso
Nacional.
A reforma trabalhista, imprescindível para a
modernização das relações do trabalho, também não pode mais aguardar. Espera-se
que proposta neste sentido seja enviada ao Parlamento no início do próximo ano
legislativo, pois as antiquíssimas leis trabalhistas não protegem o empregado e
penalizam o empregador.
As iniciativas do Palácio do Planalto no
sentido de recolocar o país nos trilhos do desenvolvimento não devem ser
prejudicadas por pequenas crises políticas, como a que se abateu sobre o
gabinete presidencial e culminou com a saída do ex-ministro da Secretaria de
Governo Geddel Vieira Lima. Isto por ele ter pressionado o então ministro da
Cultura Marcelo Calero, para que o Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan) liberasse uma licença para a construção de um prédio
em Salvador, na Bahia, onde Geddel adquiriu um apartamento.
O desligamento de Geddel do ministério foi
uma medida acertada do presidente Michel Temer, o que proporcionou o
crescimento das repercussões políticas do fato, pois envolvia uma gravação
feita pelo ex-ministro da Cultura de uma conversa sua com o presidente da
República. Atitude deplorável e que deve vir ao conhecimento público, mas nada
comparável à gravação telefônica entre a ex-presidente Dilma Rousseff e o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que ela lhe diz que sua nomeação
como ministro de Estado estava disponível caso ele necessitasse de se proteger
de alguma acusação da Justiça atrás do expediente do foro privilegiado.
A nação não suporta mais ser surpreendida por
fatos como as alterações da proposta de combate à corrupção aprovadas ontem na
Câmara dos Deputados. Brasília ficou paralisada por dias devido a esses
debates, que não são da alçada da Presidência da República. Envolver o
presidente em decisões que dizem respeito, única e exclusivamente, ao Congresso
Nacional significa tentar enfraquecer e mesmo desestabilizar o governo federal,
o que em nada ajudará no combate aos graves problemas que afligem o Brasil. A
hora é de avançar e não cair na armadilha dos que apostam no retrocesso.
Fonte:
Jornal Estado de Minas, 1º/12/16.
Enviado
por: Profº Marcelo Osório Costa.
Reformas são necessárias, passamos por diversas fases, do consumismo ao estilo econômico. A fase que estamos passando é a da economia, é necessário mudanças, diminuir gastos em projetos que não são tão necessários. Hoje o estilo de governo do Temer é o melhor que podemos ter, o conservadorismo
ResponderExcluirÉ fato que o Brasil está enfrentando uma severa crise. Todavia não se pode esquecer de realizar projetos para a manutenção e retomada do desenvolvimento econômico do país devido a crise política que, por tanta corrupção, enfraqueceu e foi desmoralizada. o País não pode e nem deve parar, estamos apenas começando a lutar para melhora-lo e a jornada será grande.
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