O parlamento da Coreia do Sul aprovou nesta
sexta-feira, com mais de dois terços dos votos, a destituição da presidente
Park Geun-hye, envolvida no grave escândalo da "Rasputina coreana".
O "sim" para o processo de destituição
ganhou com 234 votos a favor, 56 contra, sete nulos e duas abstenções, pouco
mais de uma hora após começar a sessão, onde votaram 299 dos 300 representantes
da Assembleia Nacional.
A responsabilidade agora está com o Tribunal
Constitucional, onde pelo menos seis de seus nove juízes devem dar o sinal
verde para a decisão do parlamento, em processo que levaria, no máximo, 180
dias.
Enquanto se aguarda a decisão do Tribunal
Constitucional, a presidente será privada imediatamente de todos seus poderes à
frente do Estado, desde o controle do Exército até o direito a veto ou decisões
de política externa.
Após receber oficialmente a resolução da Assembleia
Nacional, Park deverá passar o poder para o primeiro-ministro, Hwang Kyo-ahn,
que comandará provisoriamente o país.
O resultado da votação de hoje revela que a maioria
dos 128 deputados do partido conservador da presidente Park (Saenuri) deram as
costas a sua líder ao optarem pelo "impeachment".
A histórica decisão do parlamento foi celebrada
efusivamente por centenas de opositores da presidente concentrados na frente da
Assembleia Nacional.
Milhões de pessoas foram para as ruas nas últimas
semanas em protestos em todo o país para exigir a saída da presidente por seu
envolvimento no famoso caso da "Rasputina coreana".
A presidente foi apontada como cúmplice de Choi
Soon-sil, sua amiga íntima acusada, entre outras coisas, de ter interferir em
assuntos de Estado sem possuir cargo público, além de ter pressionado empresas
para obter numerosas somas de dinheiro que ela teria se apropriado
parcialmente.
A amiga e o naufrágio
O caso que abala a política sul-coreana gira em
torno de Choi-Soo-sil, confidente e amiga íntima da presidente, que teria usado
sua influência sobre ela para manipular decisões políticas e enriquecer.
Chamada de "Rasputina" pela imprensa, Choi foi detida em novembro e
está esperando para ser julgada por coação e abuso de poder.
Os deputados também acrescentaram como motivo para
apoiar o impeachment a atuação de Park após o naufrágio de uma balsa em 2014,
tragédia em que 304 pessoas morreram, a maioria estudantes. A gestão do governo
na catástrofe foi muito criticada e se questionou por que a presidente levou
sete horas após o desastre para realizar a primeira reunião sobre o tema.
Os meios de comunicação citam diferentes teorias,
como, por exemplo, as de que Park estava em um relacionamento amoroso,
realizando um ritual xamânico, em uma operação estética ou cortando o cabelo. A
Casa Azul, sede da presidência sul-coreana, desmentiu todas as teorias, mas não
explicou até hoje onde a presidente estava no dia da tragédia.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2016/12/09/parlamento-aprova-destituicao-da-presidente-sul-coreana.htm
Enviado por: Raquel Torres
Martins – 2º ano do Ensino Médio.
Os escândalos políticos tem se tornado cada vez mais comuns, não só no Brasil, mas em todo mundo como mostra o caso da Coreia do Sul acima.
ResponderExcluirNão só o Brasil mais qualquer país pode por crises políticas.
ResponderExcluirAssim como a Coreia passar por um processo de impeachment não traz benefícios nenhum pelo contrário causa uma grande mancha na política do país
O governo de Park Geun-hye foi marcado violações da Constituição da lei, como extorsão e abuso de poder, vazamentos de documentos confidenciais do governo, violamento da constituição e suborno.
ResponderExcluirNa Coréia do Sul, se utiliza do sistema anglo-saxão de justiça, e, por isso, não pode ser comparado ao nossa, já que lá os costumes são transformem leis, e as leis não são feitas com base no iluminismo, como o nosso direto
ResponderExcluirIsso demonstra que as pessoas estão exigindo mais que os governantes cumpram seu papel, não suportando mais casos de corrupção e abuso de poder.
ResponderExcluirAs pessoas aqui no Brasil estão achando que apenas nosso país está passando por um momento dificil na politica, como podemos ver no texto acima não é bem assim, os governantes tembem devem fazer seu trabalho bem feito, mas as pessoas tem que entender que não é só aqui
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