A força
expedicionária brasileira, ou simplesmente FEB foi uma força brasileira efetiva
de combate durante a Segunda Guerra Mundial, ativa na campanha da Itália. Muito
se fala sobre os Aliados na segunda grande guerra, mas poucos sabem da
notoriedade e significativa participação do Brasil nos combates da Europa.
“Eles não morreram em vão. Uma famosa
foto mostra um soldado brasileiro prestes a disparar um canhão de artilharia.
Note a frase “a cobra está fumando”, é vinda da expressão “a cobra vai fumar”
que o povo costumava dizer “é mais fácil a cobra fumar que o Brasil entrar em
guerra. O Brasil entrou na guerra, portanto a cobra fumou. Agradecimento
especial a todos combatentes brasileiros, são todos Heróis."
(https://chicomiranda.wordpress.com/2011/07/12/tres-herois-brasileiros/)
(https://chicomiranda.wordpress.com/2011/07/12/tres-herois-brasileiros/)
A história começa em 1940 com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, meses depois do ataque alemão à Polônia. O Brasil se mantém neutro em relações econômicas tanto com a Alemanha quanto com países aliados, até então envolvidos na Guerra (Inglaterra e França). Nesse período de tempo, o Brasil realizava constantes trocas comerciais e negócios com grandes empresas alemãs, mas em 1941 com a entrada dos Estados Unidos da América na guerra as relações comerciais do Brasil com a Alemanha se abalaram. Isso se deu pelo fato de os EUA são o principal país de exportação de produtos para o Brasil. No ano 1942, o então presidente do Brasil Getúlio Vargas aceita um acordo realizado com o governo americano para estabelecimento de bases da Força Aérea Americana no nordeste do Brasil, em Fernando de Noronha.
A
partir de janeiro desse mesmo ano (1942), inicia-se uma onda de ataques a
navios mercantes brasileiros ao longo de toda costa brasileira torpedeados por
submarinos alemães e italianos. Esses ataques foram idealizados pelo próprio
Adolf Hitler, o qual tinha o objetivo impedir que o Reino Unido recebesse
equipamentos exportados de toda a América. Assim, como intimidar o governo
brasileiro para que o mesmo se mantivesse em neutralidade?
Comovido
com as intensas baixas civis e provocações emitidas pela Rádio de Berlim que
visava a intimidação no mesmo ano (1942), o Brasil declara guerra à Alemanha. Com
isso, por diversas razões de ordem operacional, em consenso com o governo dos
Estados Unidos, o Brasil só inicia o processo de envio de tropas para o front europeu na Itália dois anos
depois, em 1944. Houve o envio de tropas do Exército Brasileiro e Força Aérea
do Brasil totalizando ao final da Guerra mais de 20.000 homens e mulheres.
Os
equipamentos do Brasil eram cedidos pelo governo americano, o uniforme e o armamento
brasileiro eram muito semelhantes ao dos americanos. Ademais, com intensa
bravura, soldados brasileiros foram responsáveis pela tomada de Montese, uma das
mais sangrentas batalhas do front Italiano
Segue
uma história real de três soldados brasileiros condecorados na Segunda Guerra Mundial:
“Jovens
cheios de sonhos e de vida. Mas veio a guerra e os levou para bem longe da
terra natal, para o outro lado do Oceano Atlântico, a Itália, onde tiveram que
enfrentar os alemães e seus canhões, as noites geladas e a brutalidade do
front. Quando o mundo lembra os 70 anos do início da Segunda Guerra, vale a
pena conhecer mais sobre essa história e reverenciar o ato de bravura de três
soldados. Geraldo Baêta da Cruz, 28 anos, natural de Entre Rios de Minas,
Arlindo Lúcio da Silva, de 25, de São João del Rey, e Geraldo Rodrigues de
Souza, de 26, de Rio Preto, na Zona da Mata, que morreram como heróis na cidade
italiana de Montese, onde ocorreu uma das mais sangrentas batalhas do conflito
mundial com a participação da FEB.
De acordo
com os registros, os três pracinhas integravam uma patrulhado 11º RI de São
João del Rey que teve como esforço principal o combate em montanhas com densos
campos de minas e sob o fogo cerrado das metralhadoras alemãs. Em Montense, a
tenacidade, o ardor combativo e as qualidades morais e profissionais dos
brasileiros foram demonstradas em seu raro espírito ofensivo, sob os fogos da
Infantaria e Artilharia do Inimigo, transpondo caminhos desenfiados,
neutralizando campos minados, assegurando e posteriormente, para a Divisão
Brasileira, a posse definitiva dessa importante posição alemã dentro do
contexto da Guerra. Em uma dessas incursões, os pracinhas mineiros se viram
frente a frente com uma companhia alemã composta de aproximadamente 100 homens.
Era 14 de abril de 1945. Eles receberam ordens para se render, mas continuaram
em combate até ficarem sem munição e serem mortos.
O
detalhe é que, em vez da vala comum, mereceram as honras especiais do Exército
alemão. Admirado com a coragem e resistência do trio, o comandante nazista
mandou enterrá-los e colocar, sobre a cova, uma cruz e placa com a inscrição:
“DreiBrasilianischeHelden” ou “Três Heróis Brasileiros”. Terminada a guerra,
seus restos mortais foram trasladados para o Cemitério de Pistoia, na Itália, e
depois para o Monumento aos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, Rio de
Janeiro/RJ, (foto). Mereceram as condecorações Medalha de Campanha
(participação na guerra), de Sangue do Brasil (quando há ferimento) e Cruz de
Combate(feitos de destaque).
No
coração dos familiares e amigos ainda está a marca do dia da convocação dos
jovens para a guerra e, depois, no caso dos três mineiros, do trágico
comunicado sobre a morte. “Foi horrível e doloroso para todos nós. No mês
seguinte, à partida de Geraldo Baeta, minha mãe sofreu um derrame cerebral e
morreu. Uma vizinha ouviu no rádio que o navio em que ele estava fora a pique.
Só que a mulher confundira tudo, era mentira, o meu irmão prosseguia viagem”,
conta Natanaela Baeta Morais, de 79 anos, casada, moradora do Bairro de
Lourdes, em Belo Horizonte. Numa caixa, ela guarda todas as cartas e medalhas
conquistadas nos campos da Itália, e um pouco das cinzas do herói.
Enquanto
abraça a foto do irmão, “que era arrimo de família de 10 filhos”, Natanaela
conta que Geraldo Baeta nunca ficou sabendo que a mãe morrera tão rapidamente:
“Achamos melhor não falar nada”. As cartas não paravam de chegar e, numa delas,
o pracinha fez uma brincadeira com a mãe, dona Sinhá, dizendo que arrancaria e
traria o bigode de Hitler para ela escovar o sapato. “Foram meses muito
tristes, nossa família se reunia para chorar”, recorda-se Natanaela, certa de
que os jovens precisam conhecer esses episódios para valorizar mais a
participação dos brasileiros no conflito mundial. “Tudo isso só não pode cair
no esquecimento das novas gerações”.
Enviado por: Laurence
Vieira dos Santos, 1° ano Ensino Médio
É importante conhecer o feito de heróis nacionais que foram esses combatentes!
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