Simples: eles ajudaram os antigos egípcios a combater um de seus
piores inimigos - os ratos que infestavam a região, destruindo as colheitas de
grãos e cereais, além de espalharem doenças. Quando notaram que os gatos eram a
solução para controlar a população de roedores, os egípcios começaram a tratar
os bichanos como membros da família e passaram a encará-los como verdadeiras
divindades. Essa adoração teve de contar com a ajuda das autoridades, porque,
antes de o animal ser decretado um ente sagrado, muitos bichanos eram servidos
como prato principal às margens do rio Nilo. Uma das deusas egípcias
representadas com cabeça de gato era Bastet
(também conhecida como Bast e Ubasti). Ela começou a ser cultuada por
volta de 3000 a.C. e representava o prazer, a fertilidade, a música e o amor.
Além de Bastet, as duas principais
divindades egípcias - Ra, o deus do
Sol, e Ísis, a deusa da vida - também apresentavam traços felinos.
Os egípcios dedicavam tamanha veneração aos gatos que costumavam
raspar as sobrancelhas em sinal de luto quando um bichinho de estimação morria.
As mulheres também os viam como símbolos de beleza e pintavam os olhos tentando
imitar o contorno perfeito do olhar dos bichanos. Esses animais mereciam os
mesmos ritos fúnebres que os seres humanos, sendo embalsamados e sepultados. No
século XIX, arqueólogos descobriram mais de 300 mil múmias de gatos num
cemitério em Tall Bastah, cidade no
delta do rio Nilo onde ficava o principal templo da deusa Bastet. Exagero? E que tal saber que alguém podia ser condenado à
morte se matasse um desses animais?
Mas tamanha adoração custou pelo menos uma derrota histórica para
o Império Egípcio, cerca de 600 anos antes de Cristo. Quando um comandante
persa chamado Cambises II soube que os inimigos da terra do Nilo veneravam
tanto esses felinos, não teve dúvidas e ordenou que seu exército atacasse o
país das pirâmides usando uma tática no mínimo inusitada: gatos foram colocados
à frente de suas tropas como escudo! Os egípcios não ofereceram resistência.
Era melhor se render diante dos persas do que cogitar a possibilidade de ferir
um ser sagrado.
Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/por-que-os-gatos-eram-sagrados-para-os-egipcios
Enviado por: Maria
Eduardo Castro – 1º ano do Ensino Médio.
O interessante é que nos dias de hoje os gatos são tratados como eram antes de serem divindades.
ResponderExcluirEssa é uma cultura muito interessante, e que podemos tirar muitas ideias dela como por exemplo o fato de os egípcios venerarem tanto os Gatos a ponto de dá-los os mesmos ritos fúnebres que os seres humanos, isso trazendo para o nosso cotidiano, seria o mesmo de dizer para que respeitemos mais os animais, eles também são seres vivos e não é porque não são racionais como humanos, que merecem ser maltratados.
ResponderExcluirA relação homem e animal existe desde as primeiras civilizações,e esse é um dos exemplos afetivo e interdependente ao longo da história .
ResponderExcluirEste e um exemplo da diferença entre as culturas e a diversidade entre elas, onde em um lugar um gato pode ser considerado inútil e em outro sagrado
ResponderExcluirO gato é um símbolo que assumiu múltiplos significados entre as diferentes civilizações, na simbologia. Segundo uma tradição celta, ele teria nove vidas. Posteriormente, durante a Idade Média, o gato passou a ter apenas sete vidas. Animal misterioso associado aos poderes da lua, ao mundo da magia e às bruxas, os machos pretos eram a personificação do diabo.
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